"Educar é crescer. Crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra".

(Anísio Teixeira)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Actividades realizadas



A linguagem oral é a primeira aquisição espontânea que ocorre por imersão num meio comunicante, sendo tão mais desenvolvida consoante a variedade de experiências fornecidas. Por sua vez, a linguagem escrita necessita de uma aprendizagem formal de um conjunto de símbolos, sendo uma tarefa cognitivamente exigente.
De forma a facilitar a aprendizagem da leitura e escrita é importante familiarizar as crianças com alguns conceitos, tais como letra, palavra, frase e texto, bem como a capacidade de manipular de forma intencional os sons que constituem as palavras (sílabas e fonemas).
Neste âmbito aqui ficam algumas actividades que contribuem de forma significativa para o desenvolvimento das pré-competências de aprendizagem da leitura e da escrita. Também realizamos a dramatização da história, depois da confecção das máscaras e acessórios.

Plano Nacional de Leitura "As moedas de ouro do pinto pintão"

domingo, 13 de fevereiro de 2011

História "O macaco de rabo cortado"



As Orientações Curriculares para a Educação pré-escolar (O.C.) são claras quanto à leitura e escrita no Jardim de Infância: “… pretende-se acentuar a importância de tirar partido do que a criança já sabe, permitindo-lhe contactar com as diferentes funções do código escrito. Não se trata de uma introdução formal e “clássica” à leitura e à escrita, mas de facilitar a emergência da linguagem escrita.” (p. 65)
O que as crianças fazem é descobrir o funcionamento da língua (escrita e falada). A função do educador, mais do que dar letras aleatoriamente, é proporcionar oportunidades de vida em grupo, encontros com diferentes formas de comunicar (histórias, debates, conversas informais, narrar, distribuir tarefas, dramatizações…) alargando assim, intencionalmente as situações de comunicação em diferentes contextos e com diferentes interlocutores. A sua atitude e o ambiente que cria ao redor da criança, com inúmeros estímulos visuais e estéticos, são facilitadores da familiarização com o código escrito que aos poucos vai emergindo. O principal “contacto com a escrita tem como instrumento fundamental o livro” (O.C., p.70).
História “O macaco de rabo cortado”
Era uma vez um macaco que queria ir para a escola, mas muitos meninos faziam troça dele porque tinha um rabo comprido. Então ele resolveu ir ao barbeiro e pedir para lhe cortarem o rabo. O barbeiro perguntou se tinha a certeza, e como o macaco respondeu que sim, o barbeiro, trás! Cortou-lhe o rabo com uma navalha.
No outro dia, quando o macaco chegou à escola, os meninos riram-se por ele ter o rabo cortado, e chamaram-lhe “o macaco do rabo cortado”.
Então, resolveu ir ao barbeiro buscar o seu rabo, mas o barbeiro disse-lhe que já não tinha o rabo, que tinha ido para o lixo. Então o macaco ficou furioso, pegou na navalha do barbeiro e fugiu com ela.
Na rua encontrou uma peixeira que o viu com a navalha na mão e lhe disse: “ó macaquinho, para que queres tu essa navalha? Não te serve para nada! A mim é que fazia falta para eu amanhar o meu peixe”. O macaco deu-lhe razão e entregou-lhe a navalha. Mas mais tarde, começou a sentir fome e para descascar uma maçã, precisou da navalha. Foi ter com a peixeira e pediu a navalha, mas a navalha estava partida. Então ficou furioso e levou a canastra das sardinhas da varina.
Quando ia na rua com a canastra de sardinhas, encontrou o padeiro, que lhe disse: “olha coitado, vais tão carregado com as sardinhas, se quiseres eu guardo essa canastra na minha casa.” E assim foi. Agora o macaco sentia-se mais à vontade e podia ir de um lado para o outro, sem ter de transportar as sardinhas. Mas um tempo depois, começou a ter fome. O peixe dava-lhe jeito para comer e por isso resolveu ir buscá-lo a casa do padeiro. Mas o padeiro, com a família, tinha comido as sardinhas. Então furioso, tirou um saco de farinha ao padeiro.
Quando ia pelo caminho com o saco de farinha, encontrou a senhora professora que lhe pediu a farinha para fazer uns bolinhos. Como o macaco não sabia fazer bolinhos com a farinha, deu a farinha à senhora professora. Mais tarde, quando voltou a ter fome, resolveu ir ter com a senhora professora e pedir-lhe alguns bolinhos.
Mas os bolinhos já tinham sido todos comidos. Ninguém tinha guardado uns bolinhos para oferecer ao macaco. Então ficou furioso e roubou uma menina da senhora professora.
Só que, para espanto do macaco, a menina começou a chorar. Teve pena da menina e foi levá-la à mãe. Para que é que quereria uma menina? Mas mais tarde, quando chegou a casa e viu tudo desarrumado, pensou que a menina poderia trabalhar para ele e ajudá-lo a limpar e a arrumar a casa e por isso resolveu ir buscá-la. Quando foi buscar a menina, a mãe não lha deu, claro, e então, furioso, levou – lhe a camisa do marido que estava pendurada na corda da roupa.

No caminho, encontrou o músico com uma viola que lhe pediu a camisa. Como a camisa do músico já estava muito velhinha o macaco deu-lhe a camisa. Mas o músico quando foi para casa vestir a camisa, ela rompeu-se, e teve de a deitar fora. Quando chegou a noite e o macaco sentiu frio, quis a camisa de volta, mas o músico já não a tinha porque a camisa se tinha rompido. Então, tirou a viola ao músico e fugiu. O macaco trepou a uma árvore, saltou para uma varanda, subiu a um telhado e lá de cima espreitou cá para baixo.
Estava um grande ajuntamento na rua. Era o violeiro, o pai e a mãe da menina, a professora, o padeiro, a peixeira, o barbeiro e muita rapaziada. Todos apontavam para ele, cantando e troçando:
Olha o macaco mariola
que de rabo fez navalha
da navalha fez sardinha
da sardinha fez farinha
da farinha fez menina
da menina fez camisa
da camisa fez viola
e agora deu à sola
e agora deu á sola.
O macaco no telhado repimpado pegou na viola e respondeu-lhes:
- Pois se agora dei á sola
Pois se agora vos fugi
É que a mim nimguém me enrola
E de mim ninguém se ri.
Timglintim, tinglintim.
Timglintim, timglintim.

As profissões e os instrumentos de trabalho

domingo, 6 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

As profissões



O conhecimento do mundo que rodeia a criança é fundamental à construção de saberes básicos congregados à vida em sociedade. As profissões e o papel social de cada ofício são conceitos que crianças em idade pré-escolar devem adquirir na construção plena da sua cidadania. Com o desenvolvimento do tema “As profissões” pretendeu-se: reconhecer a importância das profissões; identificar profissões; associar conceitos e características de diferentes profissões.
Neste âmbito cada criança falou sobre a profissão dos pais, familiares ou amigos, descrevendo a sua importância, o vestuário que deve usar e os instrumentos de trabalho. O interesse do grupo por este pequeno projecto levou ao conhecimento de outras profissões. Depois da representação gráfica das profissões, exploradas em grande grupo, surgiu o interesse de saber a letra com que começa a escrita de cada profissão. Houve necessidade de explorarmos o alfabeto e ao mesmo tempo a escrita das profissões registadas. Em seguida colocamos os desenhos de cada profissão registada por ordem alfabética e construímos o livro sobre as profissões.